quarta-feira, 30 de março de 2011

Na vida só se oferece aos outros o que se tem em abundancia.


Conto-te nesses poucos trechos escritos que os teus desejos de lamuria para os meus dias em sua ausência não se fizeram verdade, tudo o que foi levado não fez falta, e o espaço deixado preencheu-se de amor, sua escolha se fez verdadeira, e a minha também.

Os teus desejos de mau agouro sobre mim trouxeram dias de desespero, contudo lhe digo que o seu maior desejo de ver-me na loucura não se concretizou. Embora o meu mundo tenha se desfeito sob os meus pés e as mãos já não toquem mais nada sólido, minha felicidade continua intacta.

Não lhe desejo o mal, e não lhe apagarei da memória, embora vc já não exista em nenhum canto desta casa, guardarei sua imagem no intimo, para que nos momentos de provação possa lembrar-me com clareza de como sou maior que isso, e que dias ruins são a promessa selada de uma felicidade desmedida, e que não adianta tentar afoga-los em garrafas de whiskey.

Já não é tempo de responsabilidades, agradeço pelos dias felizes, e ainda mais pelos tristes, pois foram estes que me fizeram crescer, mas se for lhe fazer melhor, pode deixar a culpa nas minhas mãos não sujas.

Conto-lhe a certeza de um amanhã que renasce resplandecente, e aos teus desejos de mau agouro, respondo com flores e felicidade, porque na vida só se oferece aos outros o que se tem em abundancia.

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