sábado, 9 de abril de 2011

Open your eyes


Os olhos que são as portas da alma, os meus os teus, os nossos que são de outros, de outros que não são meus. Os teus por vezes me contam primaveras, por vezes inverno, os meus gritam luxurias nas tuas mãos, as mesmas que procuro em desespero quando eles só conhecem a desolação de um labirinto.
O mensageiro à porta me contou em seus olhos toda a história de um mundo desconhecido, verdades irreais para nós, fatos além de nós, além do meu corpo inerte, estarrecida pelo o que vi, pesada pelo o que sonhei, e agora destrinchado em palavras vagas.
Quando o mundo de súbito lhe toca a alma e te faz refletir sobre muito, sobre os seus e os de outros, quando tudo parece lhe desmoronar sobre a cabeça com a avalanches de verdades ignoradas pelo simples desconhecimento do além de sí, é verdade que seus olhos estão abertos.

Nenhum comentário: