quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Meu pequeno mundo


Estava aqui, no silencio escuro desta casa, cuidando do pequeno mundo em minhas mãos, sonhando com aquele futuro colorido que se projeta ao longe, guardando as pequenas relíquias da vida nos frasquinhos de vidro sobre a mesa, na calmaria destes dias que de súbito me roubaram. Me roubaram tudo, esta casa, estes sonhos, meu escuro, meu silencio rompido por quem toca a porta.
A verdade que lhe diz que o teu sonho é tão frágil quanto os frasquinhos de vidro que estavam em suas mãos, corre de um lado para o outro e tenta fugir do teu algoz, mas não adianta, estou na sua sombra, e lhe toco o ombro com a mão pesada que carrega as tuas lamúrias, não se esconda, eu sei onde te encontrar, não adianta chorar porque suas lagrimas só me alimentam, sei do teu medo, e sou o seu medo, e você mora em mim dentro do frasquinho de vidro, no pequeno mundo em minhas mãos.

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