quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Nada mais rodopia.


Eu morri e ninguém viu, eu morri e levaram sete dias encontrar meu corpo, e a noticia da minha morte não chocou ninguém, não ouve alarde, todos seguiram com suas vidas sem nenhum abalo, todos completamente indiferentes, nem eu, nem a noticia de minha morte ecoamos por ai, toda a vida seguiu sem nenhum atraso. minha inercia me matou aos poucos, consumiu todo meu corpo até não sobrar mais nada,mas ninguém viu, eu pedi a muitos, eu chorei por todos, mas ninguém estava lá. Rasguei minha carne, marquei minha pele, mas ainda assim nem eu vi, nem eu escutei os gritos de desespero dentro de mim, foi passando, era mais um dia, mais noite e o ano se foi.
Preciso que o mundo volte a girar, como as piruetas da bailarina, preciso sentir o mundo vivo dentro de mim, nada mais rodopia.

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