terça-feira, 22 de novembro de 2011
Do coração foi roubado
A tristeza é companheira, e o medo é constante, de repente se perde o caminho que se estava seguindo, e ao não se sabe mais aonde ir, a jornada está sendo difícil desde que do peito algo foi roubado, e já não sei de mais nada.
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Nada mais rodopia.

Eu morri e ninguém viu, eu morri e levaram sete dias encontrar meu corpo, e a noticia da minha morte não chocou ninguém, não ouve alarde, todos seguiram com suas vidas sem nenhum abalo, todos completamente indiferentes, nem eu, nem a noticia de minha morte ecoamos por ai, toda a vida seguiu sem nenhum atraso. minha inercia me matou aos poucos, consumiu todo meu corpo até não sobrar mais nada,mas ninguém viu, eu pedi a muitos, eu chorei por todos, mas ninguém estava lá. Rasguei minha carne, marquei minha pele, mas ainda assim nem eu vi, nem eu escutei os gritos de desespero dentro de mim, foi passando, era mais um dia, mais noite e o ano se foi.
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
Meu pequeno mundo

Estava aqui, no silencio escuro desta casa, cuidando do pequeno mundo em minhas mãos, sonhando com aquele futuro colorido que se projeta ao longe, guardando as pequenas relíquias da vida nos frasquinhos de vidro sobre a mesa, na calmaria destes dias que de súbito me roubaram. Me roubaram tudo, esta casa, estes sonhos, meu escuro, meu silencio rompido por quem toca a porta.
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
Inacabado

--Foi bastante complicado para Ela.
Porém, passado o momento angustiante, Ela, pouco a pouco abre seus pequenos olhos. Olhos indefesos, desprovidos, ingênuos.
Começa a sentir o ar...Nota-o exacerbado. Faz uso de sua visão, no entanto, pouco ela poderá lhe oferecer. Tamanha claridade cega-a.
Ela é sensível, sente que seu lugar não é aqui.
Está inacabado tal qual canto sem música; fruta sem semente, flor sem aroma.
Passa o tempo em seu delírio, solidão.
Ela se tranca.
Cai em descanso profundo e põe-se a meditar.
Vem dia, vai dia...vem noite, vai noite...
Até que, então, a nostalgia que reservava em seu coração torna-se calmaria. Ela não deseja sucumbir no mar da incompreensão.
Não! Quer experimentar.
Sentir cada gota de orvalho a cair em sua face, vislumbrar a dança dos vaga-lumes no cair da noite, ouvir o falar dos pássaros.
Ora, vejam! Ela despertou!
Encontrou, enfim, a parte que lhe faltava.
Doravante poderá crer em todos os seres, achou a essência do seu viver, e por isso, Ela passa com formosura. Enfeitiça a todos que para Ela desviarem o olhar.
Agora permanecerá eternamente com esta forma. Gozará de tudo que esta vida possa lhe dar, vivendo intensamente todos os seus suspiros e alcançará a mais plena felicidade. Portanto, abandone a obscuridade, tente entendê-la, não tenha medo. Acredite em sua essência, não desconfie da vida.
Algum dia a vida revelar-te-á a parte que lhe falta, pequena lagarta.
Há de se transformar em uma admirável borboleta, e alcançará a mais plena felicidade!
quarta-feira, 15 de junho de 2011
Inferno astral

Dizem sobre inferno astral, com o aniversário na esquina não me admira o mundo estar embrulhando meu estomago, tudo caótico, emprego bom, virou inferno, cidade que amo, não faz mais sentido viver nela.
domingo, 5 de junho de 2011
Transitar entre dois mundos

Relembrar de coisas que foste obrigado a esquecer, como por sadismo de um deus que ri de você a cada tropeção e a cada lágrima que rola de seu rosto. Ainda não descobri se é melhor ou não, não ter memória, não ter laços, ser uma eterna andarilha, não sei se ainda há fascínio nestes olhos pela beira do abismo, mas já houve essa certeza, e já ouve a ansiedade de estar sempre no limite de tudo. Já não estou confortável em transitar entre dois mundos, e ainda assim não pertencer a nenhum deles, talvez seja esse o preço que se paga ao ter esse privilégio, fazer acordos obscuros para se ter o que deseja sempre trás consequências.
segunda-feira, 9 de maio de 2011
Mentira

Pedacinho por pedacinho

sábado, 9 de abril de 2011
Open your eyes
Os olhos que são as portas da alma, os meus os teus, os nossos que são de outros, de outros que não são meus. Os teus por vezes me contam primaveras, por vezes inverno, os meus gritam luxurias nas tuas mãos, as mesmas que procuro em desespero quando eles só conhecem a desolação de um labirinto.
quarta-feira, 30 de março de 2011
Na vida só se oferece aos outros o que se tem em abundancia.
Conto-te nesses poucos trechos escritos que os teus desejos de lamuria para os meus dias em sua ausência não se fizeram verdade, tudo o que foi levado não fez falta, e o espaço deixado preencheu-se de amor, sua escolha se fez verdadeira, e a minha também.
Os teus desejos de mau agouro sobre mim trouxeram dias de desespero, contudo lhe digo que o seu maior desejo de ver-me na loucura não se concretizou. Embora o meu mundo tenha se desfeito sob os meus pés e as mãos já não toquem mais nada sólido, minha felicidade continua intacta.
Não lhe desejo o mal, e não lhe apagarei da memória, embora vc já não exista em nenhum canto desta casa, guardarei sua imagem no intimo, para que nos momentos de provação possa lembrar-me com clareza de como sou maior que isso, e que dias ruins são a promessa selada de uma felicidade desmedida, e que não adianta tentar afoga-los em garrafas de whiskey.
Já não é tempo de responsabilidades, agradeço pelos dias felizes, e ainda mais pelos tristes, pois foram estes que me fizeram crescer, mas se for lhe fazer melhor, pode deixar a culpa nas minhas mãos não sujas.
Conto-lhe a certeza de um amanhã que renasce resplandecente, e aos teus desejos de mau agouro, respondo com flores e felicidade, porque na vida só se oferece aos outros o que se tem em abundancia.
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Mínimas fidelidades noturnas

Não está, não aqui, se foi, esvaziou, desfez, transformou-se e diluiu, isso resume a sua presença ausente, vc que agora não está em seus olhos que me espelham como desconhecida, para onde foi a doçura dos teus olhos? Gostaria de saber o que te leva assim de mim, me deixando meio opaca.
Eu era, eu fui, eu sou

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
Nenhum deles se perpetua
Nenhum deles se perpetua, todos se vão, todos que por algum motivo deveriam ficar, todos que desejei que ficassem, a sensação é igual a de tentar segurar a água fechando punho, ela escorre entre os dedos e o que sobra são só vestígios de uma mão úmida.
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
Coxas mornas

Admiro este homem deitado em minha cama, em um sono pesado de quem desfruta de algo essencial mas tbm racionado, este homem que logo assim que os raios de sol invadirem as janelas e rasgarem as cortinas despertará para mais um novo dia, e abandonará minha coxas mornas, ele se levantará dos meus lençois, e sentirá nas costas todo o peso de sua responsabilidade, partilhará comigo um café quente e um banho frio, vestirá suas roupas, me dará um beijo na testa e dirá com voz mansa que não deseja ir, mas terá, na porta me oferecerá um sorriso doce e um abraço apertado de despedida, para iniciar mais um dia pesado para ele, dia dividido entre cimento, andaimes e cal.
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
8234 noites

sábado, 15 de janeiro de 2011
Qual será sua aposta?

No tempo de um desprendimento de alma, fiz-me branca esquecendo a vida que já me pertencia, retomei velhos hábitos, experimentando o mundo velho e conhecido, passeie por cima da tua breve morada naqueles dias dourados para ti, em um bairro que parece não envelhecer, que se mantém quase que atemporal em suas luzes douradas de fim de tarde.
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Sal, cimento e pelos

Já reparou como as gotas de água dos chuveiros se assemelha com a chuva, gotejam pouco a pouco até que quase se torne muitos fios únicos de água que escorre pelos ralos, a água que era limpa acaba escoando para algum lugar sujo, igual a chuva, a msm chuva que vem lavar as ruas de seus pecados, porém os chuveiros só lavam as sujeiras externas. Então te digo saia daí, gosto de vc assim como está, o teu cheiro ardido de mais um dia que envelhece para nós, vem aqui deita ao meu lado nesses lençóis mornos que esquentei para ti, desfrute deste corpo que te deseja a alma, a essência mais pura do teu ser, a tua força vital, me mostre o lobo dentro de ti, sem pudores hoje esta carne febril é sua, me conte seus pecados, aqui eles não são pesados e nem julgados, me dê o prazer de estar contigo por inteiro, de ti ter por completo dentro de mim, sem amarras, como amantes onde o passado pouco importa, onde o nosso universo se limita a essas quatro paredes empregnadas pelos cheiros da nossa paixão, faz de mim sua morada, do meu peito teu descanso, hoje, amanhã e todos os dias da NOSSA eternidade. Não use esse sal, cimento e pelos sobre seu corpo para construir uma parede entre nós, este peito doi quando seus olhos endurecem, ficam gelados como pedra, não se faça distante, espaço e distancia são bem diferentes, a distancia com o tempo se torna um abismo que em algum momento te leva para dentro dele, o espaço é ausência consentida e não tem a força de um abandono.
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Agora que te amo com mais calma
Reverberar em meu ventre
Encaixe perfeito
Sinto teu gosto só de chegar perto, o seu cheiro que arde as narinas, que enche a boca, o desejo que toma meu corpo. Entre as pernas é onde eu queria vc, exposição do corpo, dor para acalmar o desejo, masturbação em lugares públicos, sanidade duvidosa, vício!
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Não se desespere para caçar borboletas

Moça, jovem moça que não sabe que é que moça, que se perde como menina, com olhos que expõem sua alma, não faça isso!
O mundo não merece sua alma assim de graça, não se entregue como criança que pede colo. O mundo é cruel e feio, é mesquinho, fedorento, é sujo, mas eles sempre querem ludibriar jovens moças, com suas luzes brilhantes, com suas promessas vazias, esse grande cabaret, vermelho e cheio de plumas, não pode satisfazer seu coração.
A vida, a sua vida, não é para ser vivida em um minuto, vc pode ter o mundo, vc pode conquistar o sol, e aprisionar o vento, vc pode! É tudo seu, e todos sabem, por isso fazem da forma que fazem, é triste demais para eles ver uma princesa, que nasceu princesa, por virtudes próprias, por um coração limpo. Não queira viver a vida dos outros, vc terá o seu tempo, não deixem que te usem para depois cuspirem em vc, não deixem que te aprisionem em um vidro de colecionar almas, eles só querem te usar até sobrar apenas sombra da doce criança que já foi.
Te aguenta mais um tempo, vc vai entender esse universo dentro de ti, vc vai aprender como tanto deseja a expor sua alma sem perde-la, tudo que vc viu até agora é parte deste aprendizado, não se desespere para caçar borboletas, vc não quer ver a beleza e a liberdade morrerem à sua frente espetadas em um pedaço de isopor com um alfinete torto e enferrujado. Você tem uma forte fragilidade, uma infantilidade adulta, reconheça-se nisso, procure aceitar de coração aberto essa sua loucura cheia de razão, não há nada de errado em ser intensa demais, em querer sentir na pele cada minuto que se vive. Porém nem todos podem fazer o msm, e te invejam por isso. Pare de se machucar, pare de se mutilar pelos outros, eles não merecem a essência da tua alma, essas lágrimas são para serem guardadas em vidrinhos de cristal com tampas de ouro, pois vc nunca deveria chorar.
Abra os olhos, pare de querer trazer o mundo para dentro de sí, não deixe torpe sua alma. Minha criança perdida neste mundo de desdem, conserve-se espontânea,com esse sorriso largo e farto, inteligente, argumentativa, provocante, menina, mulher, livre!
Pequena, vc vai encontrar o que mais deseja, essa tempestade dentro de sí nunca irá acalmar, mas vc irá entende-la e ama-la, vc enxergará o seu lar,sua cama, seu ninho, vc sempre terá braços justos e verdadeiros para te acolher como uma mãe, vc sempre terá o melhor lugar do mundo.